segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Para não errar a mão - Público Alvo

Em um post anterior meu, "Errando a mão" (http://leonardofortunato.blogspot.com/2007/08/errando-mo.html), eu falei sobre como a busca por tornar os serviços web 2.0 mais próximos dos softwares que rodam fora da web tem levado alguns a cometer erros básicos, como falta de compatibilidade entre navegadores, e até problemas com a velocidade da conexão, e percebi que o assunto é bom pois um amigo gerente de projeto disse que começou a ficar atento a essas particularidades nos sistemas web desenvolvidos pela equipe dele.

Eu vou aproveitar o assunto e vou citar alguns detalhes importantes que devemos levar em consideração quando estamos fazendo um sistema, site, hot-site... Como são várias coisas, vou acabar dividindo em vários posts, para poder detalhar melhor o assunto.

Até exatamente novembro de 2006 a minha única preocupação quando desenvolvia um site era fazer ele compatível com o Internet Explorer e o Firefox, e não importava que medidas seriam necessárias para isso, era muita gambiarra, e eu também gostava de abusar do JavaScript básico e também do AJAX, mas em dezembro, durante a PHP Conference 2006, eu assisti duas palestras do Diego Eis e do Elcio Ferreira do site Tableless (http://www.tableless.com.br/) que me abriu a mente para um desenvolvimento Web mais elegante.

Para começar o desenvolvimento de um site você deve primeiro analisar quem será a audiência do seu site, o público alvo, se será a grande massa, qualquer pessoa, ou somente o pessoal de vendas da sua empresa. Basicamente, existem os sites que estão na Internet que qualquer um pode entrar, necessitar de algo que esteja nele, e essa pessoa pode utilizar um computador velho com Windows 95 e Internet Explorer 5 ou um Live CD do Kurumin com Firefox 2, e tem os sites dedicados a um público exclusivo, normalmente são sistemas que rodam em Intranets e Extranets nos quais você tem controle que os colaboradores que irão acessar sempre possuem as últimas versões dos principais navegadores.

Baseando nisso, você pode pensar quais tecnologias podem ser utilizadas no seu site, por exemplo, o site de onde eu trabalho (http://www.fc.unesp.br/) pode ser acessado por qualquer pessoa que esteja querendo se informar sobre vestibular, sobre os cursos que a faculdade possui, sobre pesquisa e outros, por isso ele tem diversas características que mesmo que alguém entre nele com o Internet Explorer 3, consiga ver o site em uma forma legível, e obter as informações que precisa. Esse site será a base de muitas coisas que iremos falar, pois ele possuí um código-fonte HTML válido, um código CSS válido e o pouco JavaScript é compatível com todos os browsers modernos, além de ser não obstrutivo.

Um outro exemplo, se você estiver fazendo um formulário para o cadastro em um evento você precisa ter certeza que todos que acessarem poderão fazer a inscrição, e não será uma firula feita usando AJAX que irá impedir a inscrição do visitante.

Já no sistema Web que você está fazendo para sua Intranet pode usar a vontade os recursos em AJAX, colocar detalhes em Flash, pois você terá a garantia que todos os usuário utilizarão o Firefox 2 com o plug-in do Flash instalado.

Nessa discussão tem um ponto que causa bastante polêmica, existem sites que, mesmo estando na Internet, possuem um público alvo específico, por exemplo, empresas que prestam serviços para executivos de empresas de tecnologia, que com certeza contarão com computadores modernos, browsers atualizados e conexões de banda larga, fazem com que os autores do site coloquem AJAX, Flash e tudo mais, mas apesar de nesse post eu falar para analisar o público alvo, eu não concordo com isso, sou mais a favor da análise a partir de onde está publicado o site, ou seja, se está na Internet, todos podem algum dia estar interessados em acessar.

No próximo post dessa série irei começar a falar sobre como escrever um código-fonte elegante.

0 comentários: