sábado, 31 de outubro de 2009

Gerenciar projetos é legal

As últimas semanas foram muito legais, basicamente por dois motivos: o laboratório de metodologias ágeis que aconteceu na UNESP aqui de Bauru e também o dia-a-dia de um projeto de "tiro curto" e equipe grande.

Primeiro o laboratório de metodologias de gerenciamento de projetos ágeis que eu, o Jean Rozan Streleski e Raphael Donaire Albino ministramos nos dias 21 e 22 de Outubro foi muito legal, os participantes superaram as nossas expectativas em comprometimento com a proposta, e acho que conseguimos superar as expectativas deles. No primeiro dia foi passada uma base teórica legal de gerenciamento de projetos, metodologias ágeis e análise de negócios. E no segundo dia fizemos uma atividade prática, dividimos o pessoal em três equipes e fizemos eles gerenciarem um projeto seguindo SCRUM, onde em cada equipe havia um Scrum Master, um Product Owner e os desenvolvedores, e utilizando apenas post-it, cartolina e sulfite, foi possível ver um projeto acontecendo em apenas duas horas e meia.

E no meu trabalho estou gerenciando um projeto "tiro curto", rápido, de um mês, e uma equipe "grandinha", o que tem me feito aprender muito, e o melhor, trabalhar feliz, mesmo com um ou outro stress.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Eventos

Pessoal, essa semana ocorre na UNESP de Bauru a 10ª Jornada de Informática, e estarei participando em duas atividades:

  • Laboratório de metodologias ágeis onde, junto com os colegas Jean Rozan Streleski e Raphael Donaire Albino, será mostrada uma base teórica sobre metodologias ágeis de desenvolvimento de projetos, com foco no SCRUM, e as área de gerenciamento de projetos em geral e análise de negócios. No segundo dia focaremos em uma proposta de trabalho prática, com dinâmicas que busquem melhorar a percepção sobre o assunto. Esse laboratório será nos dias 21 e 22/10, das 19:00 até as 22:40;
  • E também falarei sobre Web Standards, mostrando os padrões de desenvolvimento para Web e seus benefícios. Será dia 23/10 das 8:00 até as 9:40.

Mais informações sobre a Jornada e inscrições no site http://www2.fc.unesp.br/jornada_info

Compareçam!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Inovação, mudanças e criatividade

Uma das palavras do momento na área de tecnologia da informação é "inovação", acredito até que está sendo usada em excesso, no lugar de "mudança" e "criatividade". E não faltam artigos na Internet e em revistas falando de inovação, inclusive tem alguns que gostei no fim do post.

Mas, o que é inovar? O que é uma mudança? O que é uma demonstração de criatividade? Eu acredito que inovar é uma demonstração de criatividade que provoca uma mudança prática, ou seja, foi criado algo novo/diferente e útil.

No dia-a-dia de TI a inovação não precisa ser uma constante, diferente do pregado por muitas organizações, a inovação deve vir de um processo contínuo, onde a criatividade dos colaboradores deve possuir um meio canalizador que reúna as ideias e consiga pinçar as realmente interessantes e transforma-las em realidade. O "filtro" de ideias interessantes deve ser criterioso, porém deve ter a "cabeça aberta" para não deixar passar algumas ideias que a primeira vista não sejam tão boas, ou que consiga desenvolver outras que ainda estejam bem primitivas, mas o importante é ter foco na estratégia da organização, evitando caminhos que no fim não levam a lugar algum.

Organizações que carecem de inovação, em muitos casos, acaba caindo em um poço de estagnação, outras, conseguem se manter, pois a inovação de ontem ainda trás frutos, tudo depende da área de atuação, na TI a inovação é muito importante e o poço de estagnação está sempre no caminho, e cabe às inovações criar alguns desvios, mas em áreas mais tradicionais, a inovação praticamente não ocorre.

Algumas organizações são baseadas na inovação, ou melhor, na criatividade, como o Google, que permite a seus colaboradores dedicar parte do tempo na empresa às ideias que achem interessantes, mas nesses casos deve ser montada uma boa estrutura de governança, que impeça a organização de entrar em um caos de mudanças, inovações e ideias.

Cabe ainda às organizações e aos colaboradores entenderem o papel de cada um nesse processo, algumas pessoas possuem muitas ideias mas não possuem a capacidade de matura-las, alguns possuem poucas ideias novas, mas conseguem, a partir de uma ideia criada, desenvolver algo maduro.

 

domingo, 4 de outubro de 2009

Você tem potencial para o mercado de trabalho?

Uma notícia no site da B2B Magazine (http://www.b2bmagazine.com.br) chamou a atenção, era sobre uma pesquisa realizada pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) que mostrou que a maioria dos estudantes acredita que vai ingressar no mercado de trabalho pelo seu dinamismo e criatividade, deixando a faculdade e o curso escolhidos em segundo e as formações extracurriculares em terceiro, como fatores de relevância.

Este assunto é polêmico, e considero arriscado um estudante achar que vai entrar em um emprego pelo seu dinamismo e criatividade. Em quase todas as seleções de estagiários, trainees e funcionários, de pequenas empresas a multinacionais, a primeira etapa é formada pela análise do currículo do candidato, onde serão analisados justamente os fatores que a pesquisa apontou como secundários, o curso escolhido, a instituição e seus cursos extracurriculares.

Em alguns casos, as empresas solicitam aos candidatos que escrevam uma carta de apresentação sobre si mesmos, boa hora para mostrar seu dinamismo e criatividade, porém sem isso, os candidatos ficarão restritos as entrevistas e, somente os melhores currículos serão chamados para uma.

Um fator que a pesquisa não abordou e que deveria ser o primeiro ou segundo fator de relevância é a rede de contatos do candidato. Muitas vezes influenciando para bem, muitas vezes para mal, o fator QI (quem indica) tem peso forte nas escolhas das empresas, pois um funcionário dificilmente indicará uma pessoa ruim para uma vaga de emprego, evitando se queimar. Para os estudantes que responderam a pesquisa, uma rede de contatos pode se formar com a participação em eventos, principalmente os que não são exclusivamente acadêmicos, onde será possível conversar com profissionais que estão nas empresas, pegar um cartão, trocar alguns e-mails e ganhar um contato que depois possa falar: "Esse eu conheço, parece que é bom, vale a pena apostar nele".

E hoje em dia, com a Internet e suas inúmeras ferramentas (blogs, Twitter, Orkut, Facebook, LinkedIn, etc), um bom recrutador com certeza irá querer saber da atuação de seu candidato na grande rede. Uma dica, procure seu nome no Google e veja as citações que aparecem, também veja suas comunidades no Orkut, não precisa entrar na comunidade "Eu amo trabalhar aos Domingos", mas também não é legal pertencer a comunidade "Eu sempre trabalho bêbado nas segundas".

Também é muito importante ter atenção a vaga e a forma de seleção da empresa onde você quer se candidatar, uma única vaga, para um cargo de especialista técnico ou de coordenadoria/gerência, costuma ter uma seleção bem diferente do que 20 vagas para trainee ou programador/analista júnior de uma multinacional.

No geral, não tem ordem de importância um fator ou outro, tem que ser o conjunto da obra, uma rede de contatos, com um currículo legal, e seu nome em fóruns de discussão na Internet sobre a tecnologia que a empresa trabalha trarão muitos pontos positivos.

Uma reportagem que valida muito o que foi colocado neste post está no site da revista CIO, vale a pena a leitura: http://cio.uol.com.br/carreira/2009/07/15/como-identificar-profissionais-inovadores-e-agentes-de-mudanca/

Mais duas recomendações, o livro Empregos de A a Z, do Max Gehringer, que é baseado na série dele no Fantástico da Rede Globo, um livro que deveria ser leitura obrigatória antes de qualquer seleção de emprego, muito gostoso de ler, e as lições são para a vida toda. E para servir de inspiração o filme À procura da felicidade (The Pursuit of Happyness), com Will Smith, que conta a história real de Chris Gardner que junto com o filho é obrigado a passar por várias provações para conseguir o sonhado emprego em uma grande empresa.

E para quem quiser, fica também o link para a matéria do site da B2B Magazine com a qual começo o post: http://www.b2bmagazine.com.br/web/interna.asp?id_canais=4&id_subcanais=12&id_noticia=24206

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A febre do Twitter

Estou atrasado, eu sei. Mas a febre do Twitter não passa. Começou com algumas pessoas, entre as mais expressivas e expoentes o Marcelo Tas @marcelotas (que inclusive começou a usar o Twitter há muito tempo atrás, antes dos primeiros sinais da febre) e foi crescendo, aparecendo na mídia televisiva e impressa, até que chegou ao estado atual. Twitter Bird

No Brasil temos cantores, apresentadores de TV, atores, esportistas e políticos entre as pessoas físicas, além de alguns órgãos públicos e empresas que o utilizam como uma forma de relacionamento mais próxima com o seu público.

A participação de alguns políticos, com destaque para o Governador do Estado de São Paulo José Serra @joseserra_, que costuma atualizar seu perfil de madrugada, e alguns Senadores da República (@Mercadante, @joseagripino, @Sen_Cristovam, entre outros), mostra o lado humano dos políticos e permite um contato direto, trazendo ao povo informações sobre suas atividades e seu trabalho.

As eleições em 2010 deverão ser um marco para o Twitter no Brasil, e também para as demais ferramentas da Internet em geral, onde grande parte dos candidatos, principalmente aos cargos legislativos, que possuem menos tempo de TV, poderão utilizar o Twitter como uma forma de demonstrar suas ideias e ideologias, isso se o congresso não resolver aprovar a censura à Internet nas eleições. De qualquer forma, o Tribunal Superior Eleitoral deverá estar de olho na Internet para evitar abusos, que deverão ocorrer, mas esse contato com os candidatos será muito bem-vindo.

Os órgãos públicos tem usado o Twitter principalmente para divulgar notícias das suas administrações, informações que muitas vezes ficavam perdidas em sites do governo, sem que ninguém visse.

Uma turma que também está forte no Twitter são os pilotos (de Fórmula 1, GP2, Indy, Stock Car, etc) que mostram seu dia-a-dia e alguns "extras" das corridas.

Uma coisa ruim do Twitter é muitas vezes não saber se o perfil é realmente do fulano ou beltrano, ou se é um fake. Para resolver isso agora existe um selo no perfil Verified Account, mas poucos no Brasil o possuem, e se por caso não encontrar o selo, uma alternativa é buscar no blog ou site oficial da pessoa uma referência ao seu perfil do Twitter.

Aqui no blog tem as minhas últimas atualizações no meu perfil do Twitter @leofortunato e nele você encontra, entre as pessoas que sigo, os perfis da turma que citei acima.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Estamos de volta

Após mais de um ano parado, agora estou de volta mesmo, e quantas coisas aconteceram nesse tempo fora, tanto no mundo quanto na minha vida, recapitulando:

No Mundo:

  • A crise mundial afetou e ainda está afetando todo o mundo;
  • O Obama é o novo presidente dos Estados Unidos da América;
  • O Twitter está "bombando" no Brasil (inclusive podem me seguir @leofortunato);
  • A gripe suína, nova gripe, gripe A, H1N1 surgiu e chegou no Brasil;
  • A Oracle comprou a Sun;
  • A Totvs comprou a Datasul;
  • O Bill Gates aposentou;
  • O Windows 7 está batendo na porta;
  • O Google lançou o projeto de seu próprio Sistema Operacional;
  • E também irá trazer o street view do Google Maps para o Brasil (é bom sair bem vestido nas ruas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte);
  • E mais um monte de coisa que esqueci…

Eu:

Eu atualizei na descrição do blog, mas não postei. Mudei de emprego, e principalmente mudei muito o foco do meu trabalho.

Aqui no blog comentei algumas coisas sobre meu trabalho na UNESP, principalmente na parte de gestão de projetos, e isso me rendeu o convite para trabalhar na MStech – uma empresa da área de tecnologia que trabalha com soluções para educação e para gestão corporativa – atuando no seu Escritório de Gerenciamento de Projetos, ou Escritório de Projetos ou, na sigla em inglês, PMO (Project Management Office), e agora com uma nova oportunidade de atuar como gerente de projetos.

Para mim trabalhar na MStech está sendo um grande aprendizado e um grande desafio, primeiro pois nunca havia trabalhado em uma organização onde a tecnologia é o fim e não o meio, e depois por ter saído da atuação como programador, partindo para a área de gestão de projetos e análise de negócios.

Para este post de volta, é isso. Vou contando mais novidades nos posts e voltando a comentar o dia-a-dia e a área de gestão de projetos.

Ah! E o blog está com uma cara nova e estou testando usar o Windows Live Writer para escrever e publicar os posts no blog, estou gostando.

sábado, 9 de agosto de 2008

Retornando - Adotando um processo de gerenciamento de projetos

Eu já citei algumas vezes no blog que trabalho na UNESP, mais especificamente na Faculdade de Ciências, no Serviço Técnico de Informática (http://www.fc.unesp.br/sti), e até abril não tínhamos um processo definido para gerenciar os projetos, não havia documentação do projeto e dos produtos que eram desenvolvidos e também não havia uma padronização forte da codificação dos sistemas. Porém chegou um momento em que a demanda por novos sistemas estava aumentando e houve a necessidade de iniciar rapidamente o desenvolvimento de um grande sistema, que ocuparia todo o tempo da equipe de desenvolvimento. Bom, apenas para ficar bem claro, a nossa equipe de desenvolvimento era formada por apenas dois funcionários (um deles, eu), ou seja, a equipe ocupada por apenas um único sistema, e os outros sistemas, como ficariam?!

Até então havia um desejo de gerenciar o andamento dos projetos de sistemas que desenvolvíamos, porém esbarrava no fato de sermos nossos próprios gerentes de projetos, não haviam equipes de projetos. Mas houve uma mudança, um aumento da equipe, para que o desenvolvimento de novos sistemas não ficasse restrito a um único grande sistema foi definida a contratação de estagiários, e para o bom andamento do desenvolvimento com eles definimos algumas bases: primeiro, foi criada uma padronização e uma base sólida para a codificação dos sistemas, todos em sobre um "sistema-mãe", centralizando a autenticação e a autorização dos demais sistemas; em segundo lugar, definimos um processo para gerenciar os projetos, o assunto principal desse post.

Para gerenciar nossos projetos tomamos como base o OpenUP (http://www.eclipse.org/epf), adotamos um processo iterativo e incremental, moldamos a documentação gerada ao que realmente era necessária a equipe, e utilizamos um software de apoio apenas para controlar a duração das iterações e as atividades relacionadas. As especificações dos sistemas estão restritas a casos de uso, que não serão jogados fora, e ao próprio código-fonte, ferozmente documentado. Os casos de uso foram livremente inspirados nas indicações do Paulo Vasconcellos (http://www.pfvasconcellos.eti.br), onde procuramos detalhar bem os requisitos de negócio (regras de negócio), até foi tentado utilizar uma modelagem forte dos processos de negócio, mas faltou tempo para um estudo mais aprofundado para gerar material de qualidade.

Estamos trabalhando nesse processo, praticamente sem mudanças, desde maio com sucesso, os objetivos que queríamos estão sendo atingidos, fazendo com que a equipe esteja atualmente desenvolvendo quatro novos sistemas ao mesmo tempo, dividida em times, além das manutenções em sistemas já implantados.

Nossos próximos passos serão utilizar um software que nos apóie mais efetivamente no gerenciamento dos projetos, melhorar o controle dos requisitos, implantar um controle de testes e controle de alterações no sistema.


Até breve, com mais um resumo dos acontecimentos...